Monira Bicalho; Lucas Jordão. 2022. Meriania glabra (Melastomataceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Baumgratz, 2022), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Duque de Caxias, Engenheiro Paulo de Frontin, Macaé, Magé, Mendes, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis e Rio de Janeiro.
Arvoretas a árvores com até 10 m de altura, ocorrendo na Mata Atlântica, no estado do Rio de Janeiro. Apresenta EOO igual a 5259km² e AOO igual a 112km² e nove localizações condicionadas à ameaça. Considerando as áreas de infraestrutura urbana como o principal vetor de ameaça contra a perpetuação da espécie, especialmente nos registros localizados no município do Rio de Janeiro com 55,67% de seu território convertido. Em 2020, a espécie apresentava 7,82% (750,71 ha) da sua AOO e 18,39% (96.721,07 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,24% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1999 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,29% aa. Assim, infere-se declínio continuado de extensão de ocorrência, área de ocupação e qualidade de habitat. Desta maneira, a espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) à extinção. Recomendam-se buscas por novos registros de ocorrências, ações de pesquisa e de conservação in situ e ex situ a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.
Transcorridos cinco anos após a última avaliação da espécie.
Ano da valiação | Categoria |
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2017 | VU |
Descrita em: Trans. Linn. Soc. London 28(1): 66, 1872.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | regional | high |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Magé (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 31,77% (14847,51ha), 16,26% (6354,03ha), 25,05% (13041,85ha), 6,19% (4898,19ha) e 55,67% (66823,85ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 7,82% (750,71 ha) da sua AOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,24% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1999 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,29% aa. Em 2020, a espécie apresentava 18,39% (96.721,07 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,24% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1999 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,29% aa (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occurrence | past,present,future | regional | high |
Em 2020, a espécie apresentava 13,10% (68.874,15 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico, atividade que diminui a uma taxa de -0,21% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2008 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,79% aa (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occurrence | past,present,future | regional | high |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Duque de Caxias (RJ), Engenheiro Paulo de Frontin (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Mendes (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 13,58% (6348,02ha), 21,72% (3027,53ha), 45,14% (54932,52ha), 13,97% (5458,3ha), 31,48% (3001,17ha), 10,48% (9807ha), 17,98% (9358,63ha), 16,43% (12999,8ha) e 8,39% (10075,94ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Engenheiro Paulo de Frontin (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Mendes (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 11,52% (5382,61ha), 21,59% (3009,01ha), 40,61% (49417,25ha), 11,99% (4686,93ha), 30,71% (2927,28ha), 10,08% (9432,54ha), 15,15% (7887,48ha), 15,08% (11933,75ha) e 5,11% (6139,13ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 13,81% (72.625,03 ha) da sua EOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,15% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1994 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,22% aa. Em 2020, a espécie apresentava 13,10% (68.874,15 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico, atividade que diminui a uma taxa de -0,21% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2008 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,79% aa (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Rio de Janeiro - 32 (RJ). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Parque Nacional da Tijuca, Parque Natural Municipal da Cidade, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela e Reserva Biológica do Tinguá. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |